quarta-feira, 17 de junho de 2009

ensaio sobre a ansiedade

Às vezes me dá vontade de saber escrever sobre a minha tristeza. Não é que eu ande triste, mas quando ela vem, chega sem aviso. Me pega nu, sem armadura. Bate na cabeça, que reflete na mão.
Mas só o que as minhas mãos conseguem fazer é rabiscar as páginas, esperando impacientes pelo surgimento de uma frase impactante o suficiente para me satisfazer. São rabiscos cardíacos, que acompanham batimentos que dispensam estetoscópio para serem escutados.
Escutei os meus batimentos porque a minha mão se inquietou porque lembrei de você, e de inquieta, não soube mais escrever e segui marcando os batimentos de dentro de mim.

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